A Mesa Centro Maré retrata um fenômeno de transição das águas. O tampo da mesa é dividido em três partes – e alturas – simulando a chegada ou o recuo das ondas. A base preta gera a noção de profundidade, onde a matéria é densa, complexa e misteriosa, como um oceano noturno. As manchas brancas, em oposição, lembram a espuma da quebra, o devir da onda: água mexida, claridade e atrito. A escolha pela base comprida e retangular contrasta com as formas ondulares, que dão vida às camadas da mesa. O móvel vira uma paisagem para a sala, ou melhor: fotografia de paisagem.